Leide x Dentista

Três coisas que eu detesto: Banco, hospital e dentista.

Isso aconteceu no começo do ano passado. Eu tava com dor lááááá atrás na boca, onde tava nascendo o famoso dente do juízo. (Pra mim, sem juízo, porque doía muito). Fui a um dentista particular, porque convenhamos,...

A sala de espera é tão ruim. Quando chamam teu nome, pior ainda.
Segue o diálogo:

- Leide, pode entrar.

- Ai, meu Deus...

- Tá com medo?

- Um pouco...
- Não precisa ter medo!

- Tá, mas eu já posso começar a chorar?
Silêncio fúnebre.

Depois dessa frase eu vi que uma “teoria” do humorista Bruno Motta fazia todo o sentido: “Essas pessoas são treinadas. Treinadas pra não rir de você”.

Depois de outras tentativas (frustradas) de piadinhas, eu desisti de tentar fazer graça.

Ele começou examinando minha boca, perguntando o que tava acontecendo e tal... E veio com aquele aparelhinho que faz “zzzzzzzzzzzzz” (Não sei o nome. Se alguém souber, me ajuda). Eu entrei em DESESPERO com aquilo. Odeio desde sempre. Aquela coisa quando pega de verdade no dente, dói até no canal do reto.

Segue o diálogo²:

- Olha, vou ter que te encaminhar pra um especilista e...

PAUSA. Especialista? Eu achei que eu JÁ ESTIVESSE em um especialista. Nesse momento eu achei que ele era um psicopata disfarçado de dentista. Foi o momento mais perto que eu cheguei de abandonar tudo ali e sair correndo.

Já que o meu problema do dente do juízo com a minha gengiva aquela mula não podia (ou não quis) dar um jeito, eu tive a brilhante idéia de também contar que precisava restaurar alguns dentes. Ele veio de novo com aquele aparelho maldito. Mais um arrependimento desse dia pra listinha. Foi aí que ouvi a ajudante dele perguntar:

- Doutor ***** , (não vou citar nomes), por que esse pessoal que trabalha na área da saúde usa roupa branca?

PAUSA. Corrigindo: ESSE foi o momento mais perto que cheguei de abandonar tudo ali e sair correndo.

Antes de mexer nos meus dentes, ele colocou uma anestesia (?) e uns minutos depois dele começar, ouvi ele dizer:

- Ih, olha aqui, ela tem sangue azul na boca. A última pessoa que vi com sangue azul na boca morreu depois de seis meses.

Juro, depois do “vou te encaminhar pra um especialista” e “por que usamos branco?” eu não sabia o que fazer nem pensar. Eu com a boca arregaçada cheia de aparelhos incômodos, presa numa cadeira, só pedia praquilo ali acabar logo. Aí ele deu uma risadinha maléfica. Ele pode fazer piada. Eu não.

Ele terminou e eu agradeci tanto. Paguei a consulta e ouvi ele dizer:

- Tem mais dentes pra restaurar, mas não precisa ser já. Mas pode voltar se quiser.

- Nunca mais tu vai me ver aqui, ô cara pálida!pensei.

Os dentes ficaram bonitinhos, o problema é que agora estão sensíveis e eu sobrevivo de Sensodyne. E eu depois fiquei pensando... Aquilo tudo TEM que ter sido um teatrinho deles pra me deixar (mais) desesperada. Se não for, pelo menos eu sobrevivi. E não morri depois de seis meses.


Besos, Leide.

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4 comentários:

Anônimo disse...

[aaa] eu adorei sua historia vlh, meu concerteza ele é um psicopata. kkkk. se eu fosse voce nao voltava mais lá. HAHA' Ri muito. !

Unknown disse...

SUAHSUA' Sempre dou risada com suas histórias.
Daora \O

Jeniffer Yara disse...

HUAHSUAS amo suas histórias Leide!

Beijos

Elleri Ruan disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK esse dentista é do capeta, amarrado em cristo

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